Mas, afinal, Como Comportam-se as Praias?

A s características básicas de uma praia são determinadas pelo tamanho dos grãos que a compõem e pelo regime de ondas que incidem sobre a mesma. Genericamente, é muito fácil notar, por exemplo, que praias de areia grossa costumam ser bastante inclinadas enquanto as de areia mais fina tornam-se de pendente cada vez mais suave. Da mesma forma, naquelas praias muito inclinadas, que recebem ondas relativamente baixas, quase não existe arrebentação e o banho é bastante seguro, considerando-se o CUIDADO que deve ser tomado com a profundidade da água. À medida em que a inclinação da praia diminui e a altura das ondas incidentes aumenta, a arrebentação torna-se mais violenta (quebrando como “caixote”) e distancia-se da linha de costa. Quando a praia é muito pouco inclinada (sendo composta quase sempre de areia muito fina) as ondas quebram suavemente, ao longo de uma grande distância até encontrarem a linha de costa.

De um modo genérico o relevo submerso das praias é caracterizado por um ou mais bancos paralelos à costa, aos quais associa-se a zona de arrebentação (aquela região da praia na qual as ondas quebram). Cada banco é antecedido por uma cava e seu número, forma e distância da praia são altamente variáveis.

As praias de areia fina tendem a apresentar dois a três bancos retilíneos, os quais propiciam a formação de uma extensa zona de arrebentação, com várias linhas de ondas quebrando suavemente. Estas praias são denominadas dissipativas. Por outro lado, nas praias de areia grossa que são muito inclinadas não há formação de bancos. O seu relevo submerso é caracterizado pela presença de um degrau logo abaixo da linha d’água, após o qual a profundidade aumenta abruptamente. As ondas costumam ser mais baixas e, quando quebram, o fazem muito próximo à praia, sendo bastante incômodas para os banhistas. Esta é a praia conhecida como refletiva.

Entre os dois extremos, dissipativo e refletivo, existem tipos intermediários de praias, caracterizados por areias médias e declividade moderada cujas características (relevo e tipo de onda) são muito variáveis.

De qualquer modo, a maioria das praias está sujeita a variações que, embora possam ser diárias ou semanais, possuem um caráter semi-anual bastante marcado. Via de regra, durante um ano o relevo das praias passa por um ciclo, estando no inverno num extremo e no verão, em outro.

Ao Contrário das Pessoas, a Praia Emagrece no Inverno e Engorda no Verão !!

Na verdade, o estado de uma praia é alterado pelas condições de tempestade, geralmente associadas a frentes frias (muito freqüentes no inverno), que trazem ventos intensos e ondas mais altas. Em conseqüência, o nível do mar sobe e as ondas atingem uma área muito maior da praia, retirando dela grande quantidade de areia. Muitas vezes as ondas de tempestade chegam a alcançar e destruir parcialmente as dunas, que representam uma proteção natural do ambiente contra a ação de ressacas nas regiões terrestres adjacentes. Nas praias cujas dunas foram retiradas não existe esta proteção e é muito comum as ondas de ressaca ultrapassarem a praia para destruir avenidas Beira-Mar, calçamentos e outras construções. A areia retirada da praia nas ressacas é transportada na direção do mar e acaba formando bancos afastados da costa. O resultado de tais condições é uma praia mais “magra”, com uma zona de arrebentação distante e irregular. Fortes correntes desenvolvem-se e representam perigo iminente tanto ao eventual banhista como ao experiente surfista.

No verão, pela diminuição em número e intensidade das tempestades e também pela predominância dos ventos quentes e moderados, observamos ondas mais baixas chegando à costa. Estas ondas, lentamente, propiciam o retorno em direção à praia da areia anteriormente retirada, fazendo-a engordar. Assim, os bancos e cavas aproximam-se da costa e a arrebentação também. Os bancos tendem a exibir certas irregularidades, e na praia emersa freqüentemente observamos ondulações na areia ou a formação de poças de água quando a maré desce. Nestas condições a praia torna-se muito mais agradável para o lazer sem, porém, deixar de apresentar inúmeros riscos aos banhistas desavisados ou inexperientes.

Fonte: Praia Log

1 comentários:

Iraê A. 27 de janeiro de 2010 às 06:38  

Muito legal! Boa infrmação, Brunão!
Abx!!

Postar um comentário

Fundação Florestal

Seguidores

CO² no ar

Fases da lua

CURRENT MOON

Google Earth

Salva Mar Paulista