A praia da Lagoa é um dos redutos mais selvagens do Litoral Norte

Luciane Teixeira, 03/01/09

Foto: Bruno Rocha

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Quem passa pela rodovia SP-55 no sentido Caraguatatuba/Ubatuba, logo após a praia Capricórnio, um pouco antes do portal, que divide os dois municípios, nem desconfia da existência de um roteiro exclusivo para os amantes da natureza: a praia da Lagoa. Ela nos transporta para a década de 80, quando os cenários do Litoral Norte eram selvagens e guardavam tesouros da vegetação original onde repousa o jundu e a restinga.

A entrada pela rodovia é bem sutil, atrás de um pequeno trecho de comércio antes do portal onde vive uma comunidade de caiçaras e migrantes. A estreita estrada, que insinua-se colina adentro, revela um universo belo e inesperado. O cascalho do asfalto, assentado no chão de barro batido, mistura-se à vegetação da mata-mãe.

Quem optar pela trilha caminhando, virá com guia pela praia da Tabatinga, na trilha que sai da Caçandoca e Caçandoquinha e verá as pacatas praias da Figueira, da Aguda e praia Mansa; distantes 5 quilômetros da rodovia, onde finaliza-se o percurso. Os que preferem maior conforto, podem alugar um barco na praia de Maranduba, a primeira do lado sul de Ubatuba.

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Quem optar pelo veículo terá de usar um carro 4X4 ou moto. Saindo da estrada, o turista vai percorrer 1,5 km e se deparar com uma bifurcação. À direita, uma estrada de barro leva ao caminho do inesperado. São cerca de 200 metros por uma trilha estreita com bastante vegetação, que deixa o tempo bastante úmido no percurso e a estrada cheia de lama. A cada metro percorrido embriagarmo-nos com a beleza e o fascínio da paisagem.

O fim da trilha é feito somente a pé. São 5 minutos de caminhada de vegetação intacta. Então, nos deparamos com a esperada praia da Lagoa: bela e selvagem. Areia branca, fina e ondas grandes.
Do lado esquerdo, no final da praia, está a grande e silenciosa lagoa negra onde existe uma lenda de que os traficantes de negros afogavam os escravos na inocente lagoa. No local existem ruínas de um antigo esconderijo de traficantes, mas está dentro de uma propriedade particular, portanto, necessita de autorização.

A água doce da lagoa é separada do mar e ela circunda toda a mata. Suas águas são mornas e a terra é bem molinha.

Os pés afundam, mas não encontram vegetação na beirada. Bem próximo da lagoa negra, outra trilha de restinga e muitos jardins de bromélias nos espaços onde o sol penetra. Neste trecho é possível retomar a antiga trilha. Quem veio com veículo, deve retornar pela praia.
Sem dúvida, uma experiência única vislumbrada somente pelos aventureiros de plantão.

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