14/02/2008 08:30 Quaresmeira dá novo colorido à paisagem da Costa Sul |
São Sebastião
De acordo com a tradição católica, após a quarta-feira de cinzas, os bispos devem usar roupas roxas durante toda a quaresma, o período de quarenta dias que se estende até o domingo de Páscoa, em que os fiéis se dispõem à penitência.
De fato, é durante esse período, logo após o Carnaval, que as matas exibem uma intensa florada, cujos tons variam do rosa pálido ao roxo intenso, em uma árvore que, apropriadamente, a sabedoria popular batizou de quaresmeira. De beleza singela, quase intencional, a quaresmeira pode ser vista nessa época em todo o litoral e também em grandes capitais.
Apesar disso, é uma planta típica de Mata Atlântica e é conhecida cientificamente pelo nome Tibouchina Granulosa, cuja família reúne mais de trinta espécies, com diferentes denominações populares como manacá ou manacá-da-serra, ou ainda por jacatirão na região do Vale do Ribeira, onde alguns a chamam também de nataieiro, por florir na época do Natal. “Esssa espécie apresenta várias cores no mesmo pé”, disse o diretor do Parque Estadual da Serra do Mar e biólogo Edson Lobato, o Fredê, sobre o manacá.
Quem estiver passando pela rodovia Rio-Santos em direção a costa sul de São Sebastião, por exemplo, visualiza diversas quaresmeiras, que dão um colorido especial ao visual do litoral nessa época.
“Ela tem uma característica que é ser eliófita, ou seja, ela tem afinidade com o sol e floresce em ambientes com mais sol. Ela ocupa locais em mata degradada e é conhecida como uma espécie que já ocupa áreas degradadas com facilidade”, ressalta Fredê.
“A principal característica ecológica é ser conhecida como inicial ou pioneira, que dá início a sucessão ecológica”, complementa. Segundo ele, a quaresmeira não é lá tão exigente quanto a escolha do solo e ao passo que a área começa a ser dominada por outras espécies, ela deixa de existir naquele local. “Ela tem uma missão nobre na natureza por ser pioneira. Isto quer dizer que são as primeiras a ocuparem uma área, que aos poucos vai inviabilizando ela mesma. Além de ser bonita, ela é mais flexível e adaptável no ambiente de mata”. De perto, a quaresmeira exibe flores roxas, enquanto o manacá (Tibouchina mutabilis) tem uma floração que vai do rosa ao branco.
Por causa da intensidade de suas floradas e a boa adaptação ao ambiente urbano, as quaresmeiras têm sido cada vez mais utilizadas na arborização de cidades, porque também tem importância ecológica na reconstrução de áreas verdes.
Características da quaresmeira
Nome Popular: Quaresmeira
Nome Cientifico: Tibouchina granulosa
Família: melastomatáceas (Melastomataceae)
Curiosidades: por sua rusticidade é uma das plantas conhecidas como “pioneiras” por costumar repovoar áreas degradadas.
Origem: Brasil. Em estado nativo é mais fácil ser encontrada na Mata Atlântica.
Características: tronco ligeiramente tortuoso, com casca rugosa e macia. Folhas revestidas
por pelos curtos, de textura áspera na face superior. As flores desabrocham no fim do verão e, de novo, na primavera, em colorações que variam do lilás-claro ao roxo intenso.
Porte: entre 6 a 7 metros. Só bem velha passa dos 10 metros de altura. Copa densa, arredondada, de diâmetro pouco menor que a altura da planta.
Propagação: sementes
Solo: não é muito exigente, desde que seja bem drenado.
Poda: os brotos ladrões devem ser continuamente removidos. Àrvores velhas podem “rejuvenescer” se submetidas a uma poda quase drástica – a meia altura da pernada.
Uso paisagístico: excelente para formar maciços, misturando as variedades rosa e roxa.
Rústica, presta-se bem à arborização urbana, inclusive no litoral.
Características da quaresmeira
Nome Popular: Quaresmeira
Nome Cientifico: Tibouchina granulosa
Família: melastomatáceas (Melastomataceae)
Curiosidades: por sua rusticidade é uma das plantas conhecidas como “pioneiras” por costumar repovoar áreas degradadas.
Origem: Brasil. Em estado nativo é mais fácil ser encontrada na Mata Atlântica.
Características: tronco ligeiramente tortuoso, com casca rugosa e macia. Folhas revestidas
por pelos curtos, de textura áspera na face superior. As flores desabrocham no fim do verão e, de novo, na primavera, em colorações que variam do lilás-claro ao roxo intenso.
Porte: entre 6 a 7 metros. Só bem velha passa dos 10 metros de altura. Copa densa, arredondada, de diâmetro pouco menor que a altura da planta.
Propagação: sementes
Solo: não é muito exigente, desde que seja bem drenado.
Poda: os brotos ladrões devem ser continuamente removidos. Àrvores velhas podem “rejuvenescer” se submetidas a uma poda quase drástica – a meia altura da pernada.
Uso paisagístico: excelente para formar maciços, misturando as variedades rosa e roxa.
Rústica, presta-se bem à arborização urbana, inclusive no litoral.
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