Desafio dos Deuses

Texto: Peter L. Bernstein

O que distingue os milhares de anos de história do que
consideramos os tempos modernos? A resposta transcende em
muito o progresso da ciência, da tecnologia, do capitalismo e da
democracia.
O passado remoto foi repleto de cientistas brilhantes, de matemáticos,
de inventores, de tecnólogos e de filósofos políticos.
Centenas de anos antes do nascimento de Cristo, os céus haviam
sido mapeados, a grande biblioteca de Alexandria fora construída
e a geometria de Euclides era ensinada. A demanda por inovações
tecnológicas para fins bélicos era tão insaciável quanto atualmente.
Carvão, óleo, ferro e cobre estiveram a serviço dos seres humanos
por milênios, e as viagens e comunicações marcaram os primórdios
da civilização conhecida.
A ideia revolucionária que define a fronteira entre os tempos
modernos e o passado é o domínio do risco: a noção de que o
futuro é mais do que um capricho dos deuses e de que homens e
mulheres não são passivos ante a natureza. Até os seres humanos
descobrirem como transpor essa fronteira, o futuro era um espelho
do passado ou o domínio obscuro de oráculos e adivinhos que detinham
o monopólio sobre o conhecimento dos eventos previstos.

(Peter L. Bernstein, Desafio aos Deuses)

País pode ganhar US$ 1,5 bi por ano salvando florestas

Karina Ninni - especial para O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A floresta em pé nunca valeu tanto. Em tempos de aquecimento global, cada hectare conservado de mata nativa pode significar menos gases causadores do efeito estufa (GEE) lançados na atmosfera. Ao menos é esse o raciocínio por trás da Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), mecanismo que está sendo discutido na Conferência do Clima de Copenhague, a COP-15, como forma de atenuar o aquecimento global.



A REDD funciona por meio da remuneração de emissões evitadas de carbono. A ideia é recompensar países que coíbam o desmatamento. Dono da maior floresta tropical do planeta, cuja queima responde por 1,5% dos GEEs emitidos no planeta todo ano, o Brasil tem tudo para ser a bola da vez. O governo federal começou a catalogar projetos que podem se candidatar a recursos da REDD. Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, só os 17 projetos já mapeados têm um potencial de arrecadação de US$ 1,5 bilhão por ano. A área total deles é de 320 mil quilômetros quadrados, mais de dez vezes a de Sergipe.

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