As ilhas de São Sebastião. Série Verão Livre do Jornal Imprensa Livre



As ilhas de São Sebastião avistadas da costa formam um conjunto de beleza natural exuberante e representam boa parte dos santuários ecológicos existentes para os navegantes desses mares.
As Ilhas ficam a 1 milha náutica da Barra do Sahy, tem duas praias e outra duas menores e são muito freqüentadas por iates que fazem esta rota. Pode-se dizer que está entre os melhores points desta região. Algumas embarcações pequenas fazem esta travessia a preços menores, cerca de R$ 30.

De Boiçucanga a Barra do Una, passando por Cambury e Baleia Sahy é possível conhecer todas as ilhas por meio de embarcações.
Na Ilha das Couves, por exemplo, pelo mar avista-se a Toca da Velha, uma pequena caverna escavada pelo mar numa rocha de 10 m de altura. Um aviso: os costões rochosos impedem a aproximação de grandes embarcações, mas para os mergulhadores experientes é uma excelente opção.

Foto: Bruno Rocha



A Montão do Trigo é para quem gosta de conhecer um pouco mais sobre como vivem as comunidades existentes no litoral. Nesta ilha não tem praia. O desembarque é feito por uma ponte rudimentar sobre as pedras. Ali vivem cerca de 80 moradores.
A Ilha dos Gatos, que foi destaque da peúltima edição do Verão Livre, é uma piscina natural em meio a rochas e a vegetação de mata atlântica. Ela fica a sete quilômetros da costa, vigiada por um caseiro e muitas histórias e lendas estão aliadas a este passeio.

Neste braço de mar, proprietários de embarcações conseguem visitar também o Arquipélago de Alcatrazes. Considerado um santuário ecológico e o maior ninhal de aves do país, fica a 33 quilômetros da costa. É rota de baleias e outros animais marinhos e um paraíso para mergulhadores.
Na praia de Toque-Toque Grande e Pequeno também é possível visitar as ilhas que levam o mesmo nome. Se o mar estiver calmo, em Toque Toque Grande pode-se remar até a ilha e praticar o mergulho.

Para os que querem se aventurar neste roteiro pela primeira vez, é preciso antes verificar as condições do tempo e do mar. Existem poucos receptivos neste trecho, mas caiçaras de embarcações menores, na Barra do Sahy, conhecem bem o percurso. E para preservar estes cenários paradisíacos, patrimônios do Litoral Norte, não deixem lixo na área.

Texto: Luciane Teixeira

Os “jornalistas” de plantão que me desculpem, mas o diploma é fundamental à carreira!

Quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu voto favorável à derrocada do diploma de jornalista, no final da tarde do dia 17, percebi que perdi mais de uma década de investimentos numa profissão que está sendo proletarizada. Diante dos 8 votos a 1 e do sarcasmo de Mendes comparando a formação do profissional como a de um culinarista, penso que um homem considerado de alto nível intelectual não percebeu que estaria colaborando com o retrocesso da informação. Nos bancos escolares das instituições de ensino superior, o que mais se aprende é ética e legislação. Ou seja, o jornalista sabe o que fazer com a informação.

Os aclamados profissionais, que abraçaram a carreira muito antes da obrigatoriedade do diploma continuarão em seus postos editoriais nos grandes jornais. Mas para quem investiu na formação e ainda luta por uma tão concorrida vaga no mercado de trabalho, a decisão do STF derrubou os sonhos de muitos jovens e calou de forma opressora os profissionais que diariamente “brigam” pela qualidade do conteúdo editorial e são favoráveis a ética.

Os maiores assassinatos da Língua Portuguesa, as atrocidades e os abusos cometidos dentro de muitos veículos de comunicação, são geralmente cometidos por quem se intitula jornalista, mas sequer aproveitou a geração digital para ler o Código de Ética, que rege a profissão.

Desde 1998, já ouvia falar sobre a derrubada do diploma, mas nunca acreditei que um dia isso aconteceria. Afinal, o jornalista deve ter total responsabilidade pela informação que repassa ao leitor, ouvinte ou telespectador. Qualquer irresponsabilidade nas linhas, torna o jornalista e o veículo passíveis de irem a julgamento judicial. Por esta razão, em países onde a obrigatoriedade do diploma não existe, as instituições sérias fazem questão de contratar profissionais para não terem que pagar a conta das altas indenizações provocadas pela irresponsabilidade no trato com a informação.

Mendes chegou a argumentar que o diploma foi criado na época da ditadura e, desta forma, fere a Constituição Federal. Curioso: o documento também fala da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que depende da erradicação da pobreza, da marginalização e redução das desigualdades sociais. E quem viu os ministros do Supremo se utilizarem desses argumentos para questões mais pertinentes presentes no artigo 1º da Constituição?

Para quem ainda acredita que o diploma não é necessário ao exercício da profissão, então vá se consultar com um engenheiro numa clínica médica. Ou pergunte para o gari como entrar com um processo na justiça.

Os veículos de comunicação sempre abriram espaço para demais profissionais. Os colaboradores são grande prova disso. Basta abrir a segunda página do jornal e lá estão os textos técnicos e artigos opinativos escritos por muitos profissionais liberais com livre escolha de temas, diferente do repórter, que consegue capturar o essencial do especialista e torna acessível esse conhecimento aos leigos e interessados.

Os “jornalistas” de plantão que me desculpem, mas o diploma é fundamental à carreira!


Luciane Teixeira Salles - jornalista diplomada

Dia 18 de junho de 2009

A praia da Lagoa é um dos redutos mais selvagens do Litoral Norte

Luciane Teixeira, 03/01/09

Foto: Bruno Rocha

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Quem passa pela rodovia SP-55 no sentido Caraguatatuba/Ubatuba, logo após a praia Capricórnio, um pouco antes do portal, que divide os dois municípios, nem desconfia da existência de um roteiro exclusivo para os amantes da natureza: a praia da Lagoa. Ela nos transporta para a década de 80, quando os cenários do Litoral Norte eram selvagens e guardavam tesouros da vegetação original onde repousa o jundu e a restinga.

A entrada pela rodovia é bem sutil, atrás de um pequeno trecho de comércio antes do portal onde vive uma comunidade de caiçaras e migrantes. A estreita estrada, que insinua-se colina adentro, revela um universo belo e inesperado. O cascalho do asfalto, assentado no chão de barro batido, mistura-se à vegetação da mata-mãe.

Quem optar pela trilha caminhando, virá com guia pela praia da Tabatinga, na trilha que sai da Caçandoca e Caçandoquinha e verá as pacatas praias da Figueira, da Aguda e praia Mansa; distantes 5 quilômetros da rodovia, onde finaliza-se o percurso. Os que preferem maior conforto, podem alugar um barco na praia de Maranduba, a primeira do lado sul de Ubatuba.

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Quem optar pelo veículo terá de usar um carro 4X4 ou moto. Saindo da estrada, o turista vai percorrer 1,5 km e se deparar com uma bifurcação. À direita, uma estrada de barro leva ao caminho do inesperado. São cerca de 200 metros por uma trilha estreita com bastante vegetação, que deixa o tempo bastante úmido no percurso e a estrada cheia de lama. A cada metro percorrido embriagarmo-nos com a beleza e o fascínio da paisagem.

O fim da trilha é feito somente a pé. São 5 minutos de caminhada de vegetação intacta. Então, nos deparamos com a esperada praia da Lagoa: bela e selvagem. Areia branca, fina e ondas grandes.
Do lado esquerdo, no final da praia, está a grande e silenciosa lagoa negra onde existe uma lenda de que os traficantes de negros afogavam os escravos na inocente lagoa. No local existem ruínas de um antigo esconderijo de traficantes, mas está dentro de uma propriedade particular, portanto, necessita de autorização.

A água doce da lagoa é separada do mar e ela circunda toda a mata. Suas águas são mornas e a terra é bem molinha.

Os pés afundam, mas não encontram vegetação na beirada. Bem próximo da lagoa negra, outra trilha de restinga e muitos jardins de bromélias nos espaços onde o sol penetra. Neste trecho é possível retomar a antiga trilha. Quem veio com veículo, deve retornar pela praia.
Sem dúvida, uma experiência única vislumbrada somente pelos aventureiros de plantão.

Primeira operação integrada autua dois atuneiros na costa da cidade

03/10/2008 - Luciane Teixeira, Imprensa Lvre

Órgãos ambientais realizaram uma operação integrada na tarde da última quarta-feira, dia 1º, em São Sebastião e autuaram duas embarcações de atuneiros com licenças de pesca vencidas, em Toque Toque Grande.

Cerca de 30 quilos de iscas vivas foram apreendidas. A Divisão de Pesca da prefeitura recebeu a denúncia por volta das 12h, acionou a Polícia Ambiental e o escritório da Estação Ecológica Tupinambás e as equipes se deslocaram até o local.

Foto: PMSS



“Foram duas embarcações: uma de Itajaí (Santa Catarina) e uma de Santos. As duas estavam irregulares, com licenças vencidas e pescando isca viva em local proibido pelo gerenciamento costeiro”, afirma, o biólogo Álvaro Augusto Santos Moura, chefe da Divisão de Pesca da prefeitura. Segundo ele, as embarcações estavam entre Toque Toque Grande e Guaecá, no chamado costão do navio.

De fato, teoricamente, o Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte, não permite a pesca de atuneiros. A sardinha miúda se reproduz próximas das ilhas e região costeira, onde ficam durante a primavera e o verão garantindo a “maturidade” e a reprodução, conforme informações do Ibama, em que a instrução normativa 128/06, determina este tipo de pesca. O problema é que o estoque da sardinha vem sendo reduzido desde o final da década de 80.

De acordo com a lei de crimes ambientais, pescar em período de defeso ou em lugares interditados acarreta multa de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescidos R$ 10 por quilo do produto da pescaria. A pena chega a três anos de reclusão.

Durante a fiscalização foram constatadas duas situações distintas: “uma a gente vai tomar providências administrativas junto ao escritório da Estação Ecológico, que acusou no sistema de satélite, que um dos barcos estaria em Santa Catarina. Na verdade, eles estavam aqui”, afirma o chefe da Divisão de Pesca.

Segundo ele, haverá consulta em Brasília sobre a licença da embarcação com o sistema desligado. Para o outro barco, foi solicitada a liberação das iscas vivas no mar e a licença de pesca dessa embarcação também deve ser revista no local de origem.

O Programa de Rastreamento de Embarcações por Satélite (PREPS), iniciativa do governo federal, existe há um ano em São Sebastião. De acordo com o agente de fiscalização, Roberto Reis, com o sistema é possível procurar as embarcações em tempo real. “As equipes estavam no mar, enquanto orientávamos em tempo real as informações sobre as características como tipo de pesca, área (se é proibida ou de exclusão)”, disse Reis sobre a ação de anteontem. “Uma das embarcações estava com o equipamento desligado. Para mim, constava que ele estava em Itajaí”, confirma o agente de fiscalização da Estação Ecológica Tupinambás, que apontou uma reestruturação, em breve, no setor depois da recente divisão das atribuições do Ibama.

Esta foi a primeira ação integrada efetuada em São Sebastião, que contou com a atuação da Divisão de pesca do município em parceria com a prefeitura, a Polícia Ambiental a e Estação Ecológica Tupinambás, no Programa Municipal de fiscalização integrada da Pesca.

Um inquérito civil instaurado no ano de 2004, no Ministério Público, mobilizou a criação de um programa integrado na região. Este ano, o MP pressionou a aplicação das medidas com o objetivo de aumentar a fiscalização.

De acordo com informações do Pelotão Marítimo da Polícia Ambiental do Litoral Norte, a fiscalização dos barcos é feita no mar e durante o descarregamento do pescado. Os atuneiros têm uma autorização específica para capturar a isca viva, mas depende da época do ano. Os locais das principais ocorrências são diversos na região. Porém, a maioria das denúncias parte da região atrás da Ilha Anchieta, em Ubatuba; próxima da divisa de Bertioga; na Enseada, em São Sebastião e em Castelhanos, em Ilhabela.

Segundo dados do Pelotão Marítimo da Polícia Ambiental, em 2007, ocorreram 35 denúncias relacionadas a pesca em período de defeso. Ao todo, dez multas foram aplicadas durante o ano passado.
O programa de fiscalização de pesca em São Sebastião está funcionando e as pessoas podem fazer a denúncia pelo telefone 3982.60.00 (Ramal 225), na Divisão de Pesca ou no telefone 199 com a Defesa Civil.

Defeso da sardinha: competição desleal afeta estoques pesqueiros




Litoral Norte

Luciane Teixeira 24/06/2008

Litoral Norte Existe uma tendência mundial de redução da capacidade de exploração de diversas espécies marinhas, a informação é do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo. Segundo dados do órgão, os números apontam que as espécies capturadas no mundo, 50% estão dentro de sua capacidade limite de exploração e 25% já são consideradas recursos esgotados, enquanto apenas 25% ainda podem ter alguma possibilidade de aumento de captura.

No caso específico do Brasil, preocupa particularmente a redução drástica da sardinha-verdadeira, espécie de peixe que já foi abundante entre os Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina e que ainda tem grande importância na cadeia produtiva pesqueira.

A legislação de pesca é complexa e envolve muitos interesses – haja vista, a discussão toda sobre a APAs (Áreas de Proteção Ambiental) no Litoral Norte, em que o Secretário de Estado de meio Ambiente, Xico Graziano, depois da negativa geral da comunidade pesqueira, acabou por adiar a votação do decreto, que até poderia aumentar a fiscalização no Litoral Norte e, consequentemente, auxiliar os pescadores.
Na briga de desiguais, os mais competitivos sempre ganham, já diz o dito popular. Falhas na legislação e fiscalização ineficiente na questão da pesca não só no Litoral Norte como no Brasil, colaboram para a redução dos estoques pesqueiros, até chegar a extinção de algumas espécies, como observam alguns especialistas da área.

A pesca da sardinha (Sardinella brasiliensis) está proibida agora nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, até o dia 6 de agosto. Iniciado o período do defeso em 18 de junho, os pescadores ficam impedidos de pescar a espécie que entra em fase de reprodução nesse período.
O período de defeso da sardinha verdadeira está de acordo com a instrução normativa do Ibama 128/06, momento de recrutamento da sardinha - quando os peixes que nasceram durante o verão e têm em média nove centímetros de comprimento passam para a área dos peixes adultos no inverno. Se houver pesca neste período, o filhote é pescado junto com o adulto.

Embora a fiscalização seja prometida, mesmo com o defeso da sardinha, a proibição da pesca não é estendida aos atuneiros, os pescadores de atum, que utilizam a sardinha-juvenil como isca vivas.
Segundo a bióloga e analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Litoral Norte, Cristina Cergole, na verdade, esses atuneiros ou boniteiros, como são chamados, pescam o atum e o bonito-listado - que é um tipo de atum. “Capturado com uma frota de vara e isca viva, ou seja, em barcos menores que se desprendem do atuneiro, os pescadores vão capturar a sardinha miúda e levam para dentro da embarcação. Lá elas se mantém vivas, são despejadas na superfície da água e servem como isca para os atuns e bonito-listado. Quando eles se aproximam da embarcação, os pescadores lançam suas varas de pesca”, diz.
De acordo com ela, existem outras iscas alternativas, mas preferida dos atuneiros é a sardinha. Ela é capturada de duas formas: pelos atuneiros e traineiras que pescam a sardinha adulta para vender como alimento para alimentação das pessoas.

Segundo ela, teoricamente, o Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte, não permite a pesca de atuneiros. A sardinha miúda se reproduz próximas as ilhas e região costeira, onde ficam durante a primavera e o verão garantindo a “maturidade” e a reprodução. “A sardinha procura regiões abrigadas para se alimentar e crescer e essas regiões são próximas das ilhas e costeiras e aqui é um local onde tem muita sardinha miúda, onde ocorre a reprodução”, reflete a bióloga do Ibama. “Se o estoque da sardinha estiver em boas condições, um estoque grande, a frota obedecendo a legislação, se tudo estiver dentro dos padrões, pescá-la não seria o problema. O problema é que o estoque da sardinha está em más condições. Desde o final da década de 80, que o estoque vem sendo reduzido”, confirma.

De acordo com a lei de crimes ambientais, pescar em período de defeso ou em lugares interditados acarreta multa de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescidos R$ 10 por quilo do produto da pescaria. A pena chega a três anos de reclusão.
Enquanto a Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap) divulga o período de defeso da sardinha e garante o seguro-desemprego ao pescador no valor de um salário mínimo (R$ 450) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); a defasagem na fiscalizalização e na legislação da década de 60, cria a defasagem atual prejudicando a cadeia produtiva.

Comitê

De acordo com a analista ambiental do Ibama, Cristina Cergole, existe um comitê de gestão de uso sustentável da sardinha verdadeira criado pelo Ibama. Esse comitê gestor nacional se reúne de uma a duas vezes ao ano com os comitês gestores estaduais dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, inaugurados em meados de 2006. Os encontros servem para a discussão de assuntos pertinentes a pesca e são levado à análise do Comitê nacional. Paralelo a este trabalho, existe um comitê científico que é formado por pesquisadores que atuam na área de pesca, especificamente, da sardinha. “Eles fornecem subisídios para a criação das normas. Nesse plano de gestão estão sendo discutidos todos esses temas. Em novembro, foi a última reunião do comitê nacional. As instâncias estaduais fizeram reuniões entre os meses de abril, maio e junho deste ano.

Na primeira semana de julho, haverá reunião do comitê científico, que vai discutir os últimos resultados de pesquisas e levantar as todas as questões, uma delas, é justamente a criação de um defeso da sardinha para a captura de iscas vivas”, explicou Cergole. Segundo ela, existem alternativas e investimentos para a pesca só que não são efetivados, porque existe um outro grupo formado pela Seap, que é o Comitê Gestor dos Atuns – Juntos, os dois grupos das entidades deveriam definir as questões referentes aos atuneiros – o que não ocorre hoje. E fica a pergunta: será que a decisão de um defeso da isca viva, ou seja, da sardinha juvenil, vai impedir a atuação dos atuneiros? A única informação é que o problema persiste há mais de uma década sem solução.
“ Existe um ponto onde todos concordam, com esse período de defeso da sardinha adulta. Existem pesquisas com alternativas aos atuneiros e projetos na viabilidade de cultivar sardinha ao invés de serem tiradas da natureza”, disse Cergole. Mesmo com essa possibilidade, não há nada oficializado. A pesca ainda é um campo onde as discussões prevalecem e as decisões só devem surgir a longo prazo.


Fiscalização

A fiscalização da pesca da sardinha é feita pela Polícia Ambiental e o Ibama faz a fiscalização supletiva. De acordo com o tenente Davi de Souza, responsável pelo Pelotão Marítimo da Polícia Ambiental do Litoral Norte, a fiscalização é feita com os barcos da Polícia Ambiental no mar e durante o descarregamento do pescado. “Os atuneiros têm uma autorização específica para capturar a isca viva, mas não pode ser feito nessa época do ano”, disse o tenente. Segundo ele, pelo movimento instável da pesca, não é possível indicar, com precisão os locais das principais ocorrências, porém, ele afirma que a maioria das denúncias parte da região atrás da Ilha Anchieta, em Ubatuba; próxima da divisa de Bertioga; na Enseada, em São Sebastião e em Castelhanos, em Ilhabela.

“Quando nós pegamos alguém irregular, apreendemos os equipamentos e o pescado. A isca viva a gente solta. Quando o pescado ainda pode ser consumido, a gente doa para entidades”, ressalta Souza.
Segundo ele, pescar na época de defeso é proibido e os pescadores respondem por crime comum, com pena de 1 a 3 anos, além da multa administrativa que varia de acordo com a quantidade de pescado. De acordo com o tenente, o valor da ação é de R$ 1118,83, além de R$ 11,16 por quilo pescado.

Segundo dados do Pelotão Marítimo da Polícia Ambiental, em 2007, ocorreram 35 denúncias relacionadas a pesca em período de defeso. Ao todo, dez multas foram aplicadas durante o ano passado. Neste ano, a polícia afirma que desde o início do defeso até ontem não recebeu nenhuma denúncia de pesca irregular da sardinha.

Semana do Meio Ambiente encerra com participação atuante da comunidade



A programação da Semana do Meio Ambiente, desenvolvida pela Semam (Secretaria de Meio Ambiente) de São Sebastião, com apoio da Prefeitura, encerrou-se no domingo, dia 7, com trilhas pela Costa Sul do município.

A primeira saída ocorreu na manhã de sábado, dia 6. Um bom grupo percorreu o caminho que leva à praia Brava, em Boiçucanga. Entre os aventureiros, Andréa Bossi, do Instituto Super Eco, de Caraguatatuba. "Amei o passeio; foi minha primeira vez desde que estou aqui na região", disse a educadora ambiental, há cerca de um ano residindo em Caraguá. Ela aproveitou a programação da secretaria e retornou à Boiçucanga na manhã de domingo para participar da trilha até a Cachoeira do Ribeirão de Itu. "Novamente estou encantada. Espero retornar aqui com minha filha", acrescentou Andréa. Junto com a educadora, aproveitaram o passeio, o motorista da Seduc (Secretaria de Educação), que levou o grupo ao local durante o final de semana, Luís Cláudio Neves, a professora Jacqueline Ranciaro, o agente fiscal Ivan Moreira e sua filha Laura Cristina, e o casal Bruno Rocha e Luciane Teixeira.



O comerciante Cícero Severino da Silva, que mantém um estacionamento próximo à entrada da trilha de Cachoeira do Ribeirão de Itu, diz que o passeio é realmente muito lindo, todavia alerta para o fato dos grupos não se aventurarem sozinhos pela Mata Atlântica. "Temos registros de vários acidentes; turistas que se perderam e muitos problemas poderiam ter sido evitados se estivessem acompanhados por guias. Se há interesse em chegar ao primeiro poço, tudo bem, os garotos que moram aqui conhecem o caminho, que é fácil. Mas se os visitantes querem conhecer o segundo ou terceiro poço, devem procurar por alguém com mais treinamento, ou seja, os guias turísticos cadastrados. Não é prudente, insisto, em entrar sozinho na trilha ou sem alguém que conheça o local", frisou Severino.
Fonte: PMSS

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